Um teste de cardíaco.

24/06/2012 12:58

                            

                                   Clique e confira as imagens da partida. 

 

Um bordão que ficou muito conhecido no meio esportivo, do narrador global Galvão Bueno dizia assim: “um teste de cardíaco”. Ele usava este bordão fazendo referencia a um grande jogo de muita emoção.

  Pois então, o jogo deste sábado (23) foi um jogo de teste para cardíaco. O América vinha com a proposta de se defender e sair no contra ataque. Para o Andaraí nada restava exceto fazer o resultado e não permitir a vitória do América, desta forma forçando o terceiro jogo.

 Mas em um primeiro tempo de domínio total do Andaraí o meia Dê com um chute venenoso abriu o placar para o mandante da partida. Ainda no primeiro tempo o lateral esquerdo Ferrugem foi expulso devido ter recebido o segundo cartão amarelo.

  No segundo tempo o América começou a esboçar uma reação e aos 30minutos o centroavante Maurinho empatou o jogo para o América, o resultado voltava a dar a vantagem para o América, mas ainda obrigava a terceira partida, mas aos 35 minutos o mesmo centroavante Maurinho virou o jogo e fez América 2x1 Andaraí.

  A partir daí começaremos a fazer uma crônica perfeita esboçando os últimos 10 minutos de jogo.

   Os jogadores do Andaraí partiram de cabeça baixa para o meio de campo com um ar de tristeza vendo um trabalho terminando com um deslize. Mas uma coisa eles ainda estavam muito consciente, o jogo acaba quando o arbitro apita pela ultima vez.

   Antes do arbitro autorizar a saída de bola vi o preparador físico Pacico esboçar através de sinais algo subtendido somente para o meia Flavio, no mesmo instante ouvia um torcedor estava gritando "ainda acredito", e também no mesmo instante ouvia um ensurdecedor barulho vindo da torcida do América cantando “acabou, o sonho acabou” esse era um instante que juntava vários gritos, vários gestos, e um conjunto de cenas fantásticas que ainda as palavras não foram suficientes para descrever. A verdade era que a técnica e a tática já não existia mais nos minutos finais, a única solução que restava era a raça.

  A raça do Rinaldo de sair em disparada e sofrer uma falta na entrada da área. E a confiança do meia Flavio de pegar a bola e pedir para bater, um lance de muita responsabilidade, poderíamos dizer que aquele lance era um divisor de águas, se o Flavio fizesse ele era consagrado como herói e se ele errasse ele seria o vilão pois o time oferecia mais opções na bola parada.

   Então começo a descrever o lance, o Flavio ajeitou a bola, o goleiro fogão ajeitou a barreira, o juiz autorizou, o Flavio correu bateu e a bola sutilmente encobriu a barreira saiu do alcance do goleiro e começava a cair bem devagarzinho dentro do gol do América. Um golaço de falta onde só restou agora a obrigatoriedade da terceira partida. A torcida do Andaraí gritava e comemorava como uma criança que ganhou um brinquedo que sempre desejou.

  Um jogo fenomenal marcado pela garra de ambas as equipes querendo fazer o resultado.

 

 A terceira partida será sábado dia 30 de junho no estádio Walter Antunes as 15 horas. 

Iuri Fontora Almeida