HOMENAGEM AO GRANDE ATLETA CLAUDINHO

“SE QUER SABER QUEM É CLAUDINHO PERGUNTE À  BOLA”

Certa vez, juntamente com meu filho FERNANDO SERGIO DE OLIVEIRA FILHO, que hoje está no AMERICA FUTEBOL CLUBE DE BELO HORIZONTE – MG., no Infantil, após receber das mãos de Reinaldo Jose de Lima, SEU VIDEO E SEU LIVRO, fomos de seu estádio em Nova Lima  para nossa residência, lá me deparei com essa frase dita por  Chico Buarque de Olanda. Frase a respeito de REI, REI REINALDO, e hoje essa simples homenagem a este atleta do ANDARAI ESPORTE CLUBE, de vários anos defendendo as cores “rubro-negras”, com esse talento incomparável. Para os que creem, dentre os quais me incluo, esta é semana gloriosa, não só pelo titulo de Máster, mas por recordar desde a adolescência de CLAUDIO GOMES, nos tempos de DENTE DE LEITE.

Para os apaixonados pelo futebol, e faço parte desse grupo fervoroso, serão dias especiais, porque depois DO TITULO INQUESTIONAVEL, o craque continua a fazer história no futebol e certamente, se não fosse a fratura nos dente de leite ou infantil, Claudinho poderia, sem sombra de dúvidas ter feito parte de um clube de futebol profissional.  

Claudinho pertence a uma geração abençoada de artistas dos gramados nacionais, que teve ainda ao seu lado outros grandes atletas que também não chegaram a brilhar nos gramados do Brasil, para ficar em pequena amostragem e para não arrancar lágrimas de nostalgia só quem pode apreciar são os torcedores da Zona da Mata, mas fui, e hoje, faço meu testemunho nos diversos amistosos com clubes profissionais tive a felicidade de ver CLAUDINHO ser elogiado pelos técnicos e também pelos mais variados atletas como um atleta que jogava o “fina da bola.”  

Cada época tem seus astros e aqueles que nos fizeram sonhar na infância nos acompanharão pela vida toda. Nada, ou muito pouco, supera o impacto das descobertas dos primeiros anos, sobretudo no que se refere a esse talento BARBACENENSE, e porque não dizer Andaraiense. Para a moçada, se atuasse no profissional poderia ser comparado às estrelas da bola em um nivel superior a vários volantes de time grande ou quiçá de seleção, como é o caso da atual seleção olímpica, com muita justiça.

Claudinho sempre tratou a bola de “voce”, deslizava em campo e enganava adversários com falsa lentidão. Suas passadas eram tão largas, elegantes e sutis, que davam a impressão de que se movia em câmera lenta, nem parecia sacudir a camisa rubro negra que vesti há muitos anos e que já contribuiu para inúmeros títulos amadores, e hoje é BICAMPEÃO. No entanto, num piscar de olhos, saía da defesa, superava o meio do campo e aparecia às vezes na área para chutar e fazer uns golzinhos.

Com uma qualidade impar, parecia que a bola colava em seus pés, a bola ficava aninhada nos pés, mimetizava com o corpo esguio que se misturava a seu trato, com a sua conduta de homem sempre adepto do futebol limpo e de toques requintados, era uma extensão dele. Não há registro em sua carreira, de que tenha feito um arranhão em alguma bola, ou que a tenha maltratado ou que tenha sido desleal aos adversários, pois até com a insatisfação de um pontapé que levava discordava em tom baixo  e educado.

Claudio Gomes não era espalhafatoso, nem presunçoso nos passes, nos dribles, nos lançamentos longos, nos deslocamentos, no domínio, no cabeceio, mas chegava em várias fases de sua carreira esportiva à perfeição com o trato com a bola, afinal, vocês leitores, recordam-se de ver Claudinho ser expulso? Eu Também, que tanto atuei ao seu lado, não me recordo, mas com essa juizada ruim de Barbacena, até pode ter acontecido, muito embora eu duvide.

 Nunca tentou ser posudo, nem dentro nem fora de campo. A voz mansa, o jeito discreto e polido escondiam inteligência, bom humor, educação e seu caráter ilibado. Claudinho não precisava forçar o destaque, pois sempre teve o respeito de seus companheiros, não tinha necessidade para apregoar seu valor. Ele sabia que era bom. Ou melhor, ótimo, excelente, extraordinário, comparável a outro atleta do nosso mesmo clube, porém não muito contemporâneo, que é nosso capitão e zagueiro SERGINHO, de futebol limpo e técnico, como Luizinho do Galo e Seleção.  

A voce Claudinho, nosso respeito, e sua ausência na final foi notada e cheguei a ficar desolado, pois contava com voce naquela partida e sempre,  mas graças a Deus com força o grupo superou sua ausência, mas com certeza os torcedores sentiram muito sua falta para formar um quarteto com os outros craques, LUCIANÃO, LUIS, TONINHO, ou com DÊ, FLAVIO, WALTINHO e ALVIM. Mas se é respeitado pelos  rivais, que não tinham coragem de dar-lhe botinadas, não recebia vaias dos torcedores inimigos, no mínimo mantinham postura digna diante daquele herói. Hoje homem sério, e bem casado, tornou-se diretor desse majestoso clube e certamente ficará imortalizado nos corações Andaraienses, e quiçá de todos os desportistas que tiveram o privilegio de vê-lo jogar.

Homenagem de toda a diretoria ANDARAIENSE.