Eles Acreditaram, lutaram e Venceram!

15/12/2013 15:32

O Incio

Ahh Clube Atlético Mineiro… Por que tinha que ser tão emocionante? Por que motivo tinha que ser tão fantástica? Se eu não tivesse visto o que eu vi, certamente eu não acreditaria se me contassem, pois só depois dessa conquista eu fui capaz de entender o que Roberto Drummond queria falar quando disse a seguinte frase: Se houver uma camisa branca e preta pendurada num varal durante uma tempestade, o atleticano torce contra o vento “.

Pois bem, vou contar agora o que eu vi, ou melhor, vivi com o Galo na Libertadores. Sim, é impossível um amante sequer do Futebol não ter vivido essa Libertadores, afinal essa competição foi uma grande Montanha Russa de emoções.

O Mais criativo cineasta de Hollywood não séria capaz de criar um roteiro tão perfeito como esse que o Destino escreveu para o Atlético. Tudo começou com um simples gole d’ água que foi sinônimo de solidariedade de Rogério Ceni para Ronaldinho Gaúcho no dia 13 de fevereiro.

Na primeira fase o Galo subiu na altitude, enfrentou retrancas, viu de perto cenas lastimáveis entre a PM e jogadores adversários, foi chamado de Cavalo Paraguaio, mas mesmo assim terminou a primeira fase como o Melhor primeiro colocado na classificação Geral.

Na fase de Oitavas de Final, o adversário era novamente o poderoso São Paulo tri campeão da Copa Libertadores. Para o azar do clube Paulista o Atlético estava motivado e imbatível, e com um Futebol fantástico e encantador o Galo das Minas Gerais venceu os dois jogos da fase eliminadora e classificou-se para as Quartas de Finais.

O adversário do Atlético nessa fase da competição, a principio não colocava medo no clube Mineiro, mas o que vimos foi bem diferente do que pensávamos, dois jogos complicados e emocionantes. No primeiro jogo no México o Galo chegou a estar perdendo de 2×0 para o Tijuana, mas o garoto Luan com o espirito Atlético incorporado conseguiu chegar ao empate de forma heroica. No segundo jogo a emoção foi ainda maior, o Galo empatava em 1×1 com o Tijuana no Independência, quem vencesse aquele jogo passaria de fase, se o empate permanecesse o Galo estaria na Semifinal, o empate permanecia até aos 48 minutos da etapa final, quando o zagueiro Léo Silva derrubou Aguilar dentro da área e o arbitro marcou Pênalti. Naquele Momento os olhos do torcedor Atleticano se enchiam de lágrimas, o sonho parecia que estava se tornando pesadelo, só restou ao torcedor alvinegro alimentar a sua esperança rezando e pedindo a Deus um milagre, Deus ouviu a prece de milhões e resolveu mandar para o campo de jogo um Santo, o São Victor. Bem, o Final vocês já sabem né:“Riascos parte pra bola, ele vai com o pé direito, bateu…. Deeefendeu Victor, Deefendeu Victor, Deefendeuu Victor, é gol, é gol, é gol do Galoooo, Victorrr, Victorr, Victor faz o gol da Classificação do Galo”  . ( Trecho da narração de Osvaldo Reis da Rádio Globo)

Em toda historia contada tiramos uma lição para a vida e nessa historia do Clube Atlético Mineiro a lição que eu levei para o resta da vida se encontrou nesse capítulo, ou melhor, nessa fase. Aprendi  que mesmo aos 48 minutos do segundo tempo eu ainda devo acreditar, pois haverá um Santo para salvar a sua esperança.

Na Semifinal da Copa Libertadores da América o Galo enfrentou a equipe do Newlls Old Boys da Argentina. Perdeu o primeiro jogo na Argentina pelo Placar de 2×0, jogando com a dupla de zaga reserva.  Era quase impossível vermos uma pessoa sequer que não fosse treinador do Atlético, cravar que o Galo conseguiria passar de fase, revertendo à vantagem do NOB no estádio Independência.  Logo no primeiro minuto de jogo o jovem craque Bernard abriu o placar no estádio do Horto para a equipe Brasileira, mas 1×0 ainda não era suficiente. No segundo tempo a ausência da luz iluminou o time Atleticano, que ao grito da Massa Atleticana “Eu Acredito… Eu Acredito”, o jogador mais contestado até então pela torcida, o atacante Guilherme, conseguiu fazer o milagroso gol do Galo que levou o jogo para as penalidades. Nas Penalidades, a estrela de São Victor brilhou novamente e o Galo conseguiu chegar a tão cobiçada final.

Na Final, o Atlético enfrentou o Olímpia do Paraguai, a tarefa novamente foi árdua e o Atlético novamente terminou o jogo perdendo de 2×0. O Presidente do Olímpia já apresentava excesso de confiança no título, pois antes do jogo decisivo em coletiva de imprensa o dirigente ao pousar para a foto já apontava o Penta Campeonato. (foto)

A torcida do Atlético lotou  o Mineirão e o Galo obteve a maior renda da historia do Futebol Brasileiro. O Galo foi pra cima do adversário, mas não conseguia abrir o placar. Na segunda etapa de jogo o centroavante Jô, fez o grito de “Eu Acredito” ecoar mais alto no estádio Independência, quando conseguiu abrir o placar.  O Personagem que tinha tudo para ser o vilão dessa historia Atleticana na libertadores, depois de ter cometido o pênalti em Aguilar nas Quartas de Final contra o Tijuana, o zagueiro Leonardo Silva conseguiu se redimir e com uma cabeçada que no movimento real da bola parecia estar em câmera lenta, ele fez 2×0 para o Atlético, levando o jogo para os pênaltis.

Na decisão por pênaltis a estrela de São Victor brilhou novamente e no momento em que a sorte quis brincar de ser Atleticana, o pênalti de Giménez caprichosamente beijou a trave.

O Atleticano a partir daí já podia gritar aos Quatro Ventos, o grito que estava preso na garganta, “É Campeão… É Campeão” . A América vestiu-se de Preto e Branco e foi aí que começou a saga pela conquista Mundial em Marrocos.